PORQUE NÃO CONSIGO RESISTIR AOS DOCES!!!


Toda vez que você come um alimento bem calórico, estimula essa região a liberar uma descarga de dopamina, a substância inebriante do prazer. 

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Por que, por exemplo, as pessoas se apegam com alimentos com muito açúcar que tão pouco bem fazem a seus corpos?

Nas savanas e florestas que os homens ancestrais habitavam, alimentos doces e calóricos eram extremamente raros, e a comida em geral era escassa.




Um caçador-coletor típico de 30 mil anos atrás só tinha acesso a um tipo de comida doce: frutas maduras.
SE UMA MULHER DA IDADE DA PEDRA SE DEPARASSE COM UMA ÁRVORE REPLETA DE FIGOS, A COISA MAIS RAZOÁVEL A FAZER ERA INGERIR O MÁXIMO QUE PUDESSE IMEDIATAMENTE, ANTES QUE UM BANDO DE BABUÍNOS COMESSE TUDO. Hoje, podemos morar em apartamentos com geladeiras abarrotadas, mas nosso DNA ainda pensa que estamos em uma savana. É isso o que nos motiva a comer um pote inteiro de sorvete com uma Coca-Cola grande.

O CÉREBRO, QUE PENSA EM TUDO, CRIOU MECANISMOS DE SOBREVIVÊNCIA para livrar a espécie da extinção em tempos de escassez.
UM DELES FOI ESTOCAR QUALQUER CALORIA EXCEDENTE EM FORMA DE GORDURA.
Assim, o corpo poderia recorrer a essas reservas internas quando o mundo lá fora estivesse muito cruel. Outro foi aprender a identificar, pelo cheiro e pelo gosto, os alimentos mais energéticos, que costumam ser adocicados. Já os maiores venenos da natureza são amargos – nossa aversão a eles é fruto de um mecanismo neural de preservação.


Mas como convencer alguém a comer mais do que precisa para acumular reservas de gordura, quando a fome já foi embora? Nunca menospreze o poder do cérebro. Ele desenvolveu um circuito
chamado centro de recompensa. 

Toda vez que você come um alimento bem calórico, estimula essa região a liberar uma descarga de dopamina, a substância inebriante do prazer. 

A sensação é tão boa que dá vontade de repetir sempre, em um processo parecido com o da excitação sexual. “O funcionamento das áreas ligadas ao raciocínio e ao pensamento lógico é reduzido, e a atividade nas regiões mais profundas e mais antigas do cérebro, que são responsáveis pelas emoções e pelos instintos, aumenta”.

Na prática, acontece assim: quando as reservas de energia estão baixas, o corpo produz hormônios que estimulam a fome. 

Os sentidos, como a visão e o olfato, ficam aguçados. Aí, você vê uma comida (ou sente o cheiro ou então pensa nela) e já começa a salivar. 

Seu estômago se prepara liberando sucos gástricos que vão dissolver toda a refeição. Quanto mais calórico for o alimento, mais seu cérebro fica animadinho.

FONTE: Sapiens: Uma breve história da humanidade. Harari, Yuval Noah.
Prato Sujo: Como a Indústria Manipula os Alimentos para Viciar Você.  Marcia Kedouk


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