A HISTÓRIA DO COLESTEROL. A GRANDE FARSA


  Hoje quando tiramos a pele do frango durante o almoço ou preferimos macarrão no lugar de uma suculenta picanha, devemos parte destas escolhas ao Keys.



A HISTÓRIA DO COLESTEROL - PARTE I






ESTE RELATO HISTÓRICO PODE SER ENCONTRADO EM DETALHES NO LIVRO " GORDURA SEM MEDO". Original: The Big Fat Surprise.

          O Colesterol que é um Esterol, um álcool policiclico de 27 carbonos, foi descoberto em 1784  na Bile. 
O prefixo "Cole" significa Bile e o sufixo "esterol" vem de Esteróis.
Em 1870 o Dr. Rudolf Virchow descobriu que na placa aterosclerótica (a placa que entope as artérias) havia colesterol e, a partir dai, este novo composto se tornou alvo de estudos para muitos cientistas da época.

      Em 1912 o cientista Nikolaj Anitschkow resolveu pesquisar um pouco mais sobre os efeitos deste composto no organismo dos seres vivos. Anitschkow deu colesterol para coelhos que, como todos sabem, são herbívoros. Adivinha qual foi o resultado?
Bom, talvez seja surpresa para muitos, mas quando se dá gordura para animais que foram feitos para consumir apenas vegetais, estes animais tendem a acumular gordura em algum lugar, uma vez que o organismo não é propicio para metabolizar tal composto. E foi o que aconteceu. Estes animais desenvolveram o chamado ATEROMA, ou simplesmente PLACA DE GORDURA NAS ARTÉRIAS e em outros tecidos do corpo.

       O estudo com os coelhos foi publicado na época. Porém, o próprio Nikolaj Anitschkow fez o mesmo teste do colesterol posteriormente em ratos, não obtendo o mesmo resultado que encontrou nos coelhos, ou seja, os ratinhos sendo mamíferos,  não desenvolveram placas de gordura nas artérias. Mas já era tarde. A ideia de que o colesterol era vilão já havia começado a disseminar pelo mundo.



       Posteriormente, em meados da década de 1950, o biólogo e patologista da Universidade de Minnesora,  Ancel Benjamin Keys (guardem esse nome),  desenvolveu a HIPÓTESE de que a gordura saturada causa doenças do coração. Keys conhecia o estudo feito com os coelhos, e seu maior ACHISMO foi de que o colesterol elevado era a causa da aterosclerose. Daí pra frente, seu maior desafio era PROVAR esta teoria.
Nada naquela época nos Estados Unidos era tão assustador quanto o tal do Infarto Agudo do Miocárdio. Uma terrível epidemia assombrava os norte - americanos. Um aperto súbito no peito e lá estava mais um óbito.

Em 1952, após algum tempo de dedicação nos estudos sobre dieta e doença cardiovascular, numa palestra realizada no Hospital Monte Sinai, em Nova York, Keys apresentou formalmente sua teoria, que o mesmo chamou de "HIPÓTESE DIETA-CORAÇÃO".
Seu gráfico apresentava uma correlação entre ingestão de gordura e as mortes por doenças cardíacas em seis países. Foi este gráfico apresentado que se transformou na atual desconfiança em relação à gordura. Na época, as principais instituições da ciência da nutrição levaram essa teoria em conta. Hoje quando tiramos a pele do frango durante o almoço ou preferimos macarrão no lugar de uma suculenta picanha, devemos parte destas escolhas ao Keys.

      Entretanto, Keys resolveu não seguir os padrões científicos normais, pois não divulgou os detalhes desses experimentos, como o número de homens envolvidos e a duração de cada intervenção.  Segundo Nina Teicholz, "Embora tenha observado um número pequeno de homens nessas primeiras pesquisas e não empregasse um método regular para quantificar suas dietas, Keys realmente escreveu que encontrou aquilo que estava procurando. Segundo Keys, 'as gorduras totais eram CLARAMENTE um dos FATORES PRINCIPAIS no desenvolvimento de cardiopatias'".
 A História do Colesterol - PARTE I
Vocês acham que acabou por aí?

CONTINUA...


TEXTO: 

Dr. Luís Eduardo Figueiró - Médico  
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